O mundo quer manter calado as vítimas (grifo meu).
Primeiras abordagens sexuais começaram quando tinha oito anos…
publicado por: IOL Diário em 10-03-2011 - 16:26hO livro da americana Margaux Fragoso, «Tiger, Tiger», está a ser alvo de críticas polémicas devido à história verídica que conta o relacionamento de 15 anos entre a autora e Peter Curran, «nome fictício», de 51 anos. Uma relação que começou quando Margaux tinha oito anos.
A autora, ainda criança, conheceu Peter Curran numa piscina pública em Nova Jersey onde foi convidada, juntamente com a mãe para visitarem a casa de Peter. Margaux Fragoso descreveu o pedófilo como «um companheiro de brincadeiras, um pai, um amante e um captor». «Peter era tudo ao mesmo tempo», noticia a BBC. No livro, a autora afirma que foi aos oito anos que foi, pela primeira vez, abordada sexualmente e relata ainda passeios e brincadeiras em que Margaux era o tigre e reescreve cartas de Peter em que lhe prometia amor eterno. Com 31 anos, a autora revela que teve de se posicionar no papel de Peter, mesmo sendo «difícil de aceitar isso porque a criança dentro de mim queria acreditar outra coisa, mas a minha parte adulta diz: não, sinto muito. Ele não é uma boa pessoa. É um monstro». Citada pela BBC, Margaux Fragoso diz ainda que o livro «força o leitor a conhecer Curran tanto como o objeto de amor de uma menininha como de um criminoso sexual que cultiva a dependência dela». «Li que os pedófilos racionalizam o que fazem ao pensar que é consensual mesmo que eles usem a coerção», relata Margaux em «Tiger, Tiger», onde refere que «passar tempo com um pedófilo é como estar drogado. É como se eles fossem crianças, mas com um conhecimento que as crianças não têm». Douglas & McIntyre a editora do livro diz que o relato «ajuda a ver como é que os pedófilos agem para roubar infâncias» e que «"Tiger, Tiger", é a forma de cura de uma ferida que durou 15 anos».